Esse texto é uma reflexão sobre a criação afrodiaspórica em encruzilhadas teóricas, artísticas e militantes. A discussão se dá a partir da criação da videoperformance “Eu, Palavra”, processo criativo-obra-reflexão que discorre sobre as problemáticas e inquietações de uma mulher tentando sobreviver enquanto artista militante doutoranda preta no atual contexto. Refletindo sobre a própria biografia como corpo de fronteiras no sentido da teoria da carne (Glória Anzaldúa) através do método da autohistória. Dialogam na tela e na escrita várias imagens, movimentos e impulsos, vida-obra que se transmuta gingando e se esquivando das categorias, dos rótulos. São trazidas para a roda discursiva obras e teorias de mulheres negras fazendo um coro polifônico antirracista, anticapitalista e antipatriarcal. O trabalho que se situa numa encruzilhada, é um movimento de cachoeirar beleza no cotidiano distópico. Arte e teoria como grito, fuga, respiração e cura é o que encontramos nos discursos analisados e colocados em rede.
Artigo disponível em: https://editorarealize.com.br/edicao/detalhes/e-book-x-cinabeh---vol-01
Palavras-chave: Eu, Palavra; Corpo Negro; Arte Afrodiaspórica; Fronteiras; Encruzilhadas.
Moura, Daiana. Eu, Palavra. In. Congresso Internacional da Associação Nacional de Estudos da Homocultura (Anais eletrônicos). Campina Grande/PB, 2021, ISBN: 978-65-86901-34-4.
Comments